sexta-feira, 2 de julho de 2010

Pulmão.

Todo brasileiro respira esporte. O futebol, principalmente. Hoje, em um jogo decisivo, quartas de final, o BRASIL atuava muito bem durante os primeiros 45 minutos. Holanda com a bandeira do Brasil estampada na camisa, lado a lado da sua, parecia mostrar respeito pela seleção cinco vezes campeã do mundo. Mas os holandeses também mostraram que são ótimos atores. Simulavam faltas, davam pulos escandalosos em lances mínimos. Até que UMA bola mudou o repertório do jogo. A seleção que fez um ótimo primeiro tempo, toma um gol de bola parada, após a marcação de uma falta. O melhor goleiro do mundo e seu companheiro não conseguem obter uma comunicação de forma que impeça o erro dentro da área. Um lance de sorte para os adversários, posso dizer. O psicológico dos nossos meninos parece ser afetado. A Holanda gosta do jogo e sai mais em busca de gol. Enfim, a intenção não é comentar o jogo mais uma vez, e sim dizer o quanto a desclassificação em uma Copa do mundo mexe com os corações brasileiros. Acredito que grande parte desses "chutaram a bola" no lance do Kaká. Cerca de 190 milhões de pessoas pediram forças junto com Daniel Alves ao bater a falta. Mas não foi suficiente qualquer crença naquele instante em que os acréscimos se acabavam. Até que chega o momento em que o árbitro sinaliza o fim do jogo. Minhas lágrimas caiam inevitavelmente. Foi só um jogo? Sim. Mas foi um jogo de Copa do mundo. São jogos que mesmo quem pouco acompanha o futebol, se põe frente à TV e, torce com todas as forças. E agora estamos fora. Um jogo é feito de 11 jogadores em campo, reservas, toda equipe técnica envolvida, árbitros e 90 minutos, ou melhor, cerca de 90 minutos. A princípio, queria que acabasse, naquele placar de um a zero, ou que surgisse um outro gol, o mais rápido possível. Mas quando o Brasil vinha perdendo de virada, preferi que o tempo passasse cada vez mais lento. Por fim, acreditei até o último segundo. Acreditei em um gol de empate, para que houvesse prorrogação, mas não foi possível. Para haver um vencedor, é preciso que o outro não vença. E futebol é assim. Não adianta por a culpa em um, dois jogadores. Na Jabulani, que insistiu em não entrar, muito menos. E nem no técnico. Quando se ganha, a seleção é nossa. Mas quando perde, é a seleção do Dunga, né? Precisa-se aprender a torcer e perder está incluso, infelizmente. Bola para a frente. Sou brasileira, com muito orgulho e amor, por sinal. A próxima Copa é na nossa casa. Toda energia estará voltada a esse título, mais uma vez. Pois o Brasil respira futebol. A propósito, e agora, como está o seu pulmão? Recomponha-se!

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